Normalmente o foco dessa narrativa bíblica está em Salomão, por causa da sua sabedoria. Mas hoje vamos focar nessas duas mulheres. Que moravam na mesma casa, ficaram grávidas e tiveram seus filhos sozinhas, sem ajuda.
Provavelmente eram excluídas da sociedade, não tinham muitos amigos e nem família para ajudar. Será que elas eram amigas? Talvez elas tinham apenas uma à outra. A bíblia não diz se eram prostitutas ou meretrizes por dinheiro ou se eram prostitutas cultuais que ofereciam seus corpos em cultos de adoração. Os pagãos acreditavam que satisfariam os desejos dos deuses através dos atos sexuais e receberiam bençãos por isso.
Independente da condição dessas duas mulheres, o fato mais interessante é que conseguiram chegar à presença do rei Salomão para pedirem ajuda no conflito delas. Não havia testemunhas, não havia câmaras. Esse caso poderia ter sido arquivado por falta de provas. Mas não foi por causa da sabedoria de Salomão.
A mulher que perdeu o filho tinha inveja no coração: sofreu com a perda do filho e não se importou com a dor que causaria na outra. O normal nessa situação seria chorar pela morte do filho, gritar por socorro. Mas ela escondeu sua dor. Tentou resolver seu problema à sua maneira. Era uma pessoa ferida, ferindo a outra.
No verso 19 diz que uma das mulheres deitou sobre seu filho e ele morreu. Isso acontece ainda nos dias de hoje. O cansaço materno pode provocar uma situação dessa. As duas mulheres se acusavam diante de Salomão. Mas como a boca fala do que está cheio o coração, o conflito foi resolvido porque a compaixão materna da mãe que tinha o filho vivo sobressaiu sobre o egoísmo da mãe que havia perdido o filho. A justiça foi feita!
Algumas perguntas para pensarmos: Sou humildade pra pedir ajuda? Busco o socorro do Senhor quando preciso? Meu coração tem sido egoísta, invejoso,se alegrado com a injustiça ou procurado os próprios interesses?
Para refletir: